ZONALESTENEWS
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Surgem os condomínios e se apagam as chaminés

Ir para baixo

Surgem os condomínios e se apagam as chaminés Empty Surgem os condomínios e se apagam as chaminés

Mensagem  Simão Qui Jan 17, 2008 12:46 pm

Surgem os condomínios e se apagam as chaminés

A Zona Leste, em especial a Mooca e o Tatuapé, recebe pesados investimentos do mercado imobiliário. Tudo se valoriza ao longo da linha do metrô

Por Maristela Orlowski

O marcante traço industrial da Zona Leste de São Paulo, com quarteirões compactos, edificações sem quintais e chaminés de todos os tipos e tamanhos, está se apagando de seu cenário. Fábricas e armazéns antigos cedem espaço para novos e diversificados empreendimentos imobiliários. Não é à toa que a Zona Leste se tornou a menina dos olhos de incorporadoras e construtoras nos últimos anos. Os grandes terrenos são ideais para a construção de condomínios verticais, que contemplam o conceito de clube e oferecem toda comodidade de lazer e infra-estrutura.
Fotos: Luiz Prado/LUZ
Os prédios mudam o cenário do Jardim Anália Franco. Numa favela da Vila Prudente, o mercado é outro: barracos à venda

De acordo com o Departamento de Economia e Estatística do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) e a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), nos últimos dois anos 146 empreendimentos residenciais foram lançados na região leste da Capital. Só no ano passado foram 44 novos imóveis, contra 102 no ano anterior. Em 2004, a região leste ficou atrás apenas da sul, que registrou 170 lançamentos residenciais. Tatuapé, Penha, Mooca e Itaquera foram os campeões do segmento, com 82 novos empreendimentos nos dois últimos anos.

A demanda por novos empreendimentos na região surpreende os incorporadores, sempre atentos às oportunidades. O presidente da Incorporadora e Construtora Setin, Antônio Setin, conta que os imóveis ainda possuem preços acessíveis, embora os terrenos já tenham valorizado bastante. O preço do metro quadrado do empreendimento La Dolce Vita Nuova Mooca, construído no lugar de um galpão desativado das Indústrias Matarazzo, por exemplo, passou de R$ 2.300, em 2004, ano de seu lançamento, para R$ 2.400 hoje: "Há empreendimentos na região com preços perto de R$ 3 mil o metro quadrado".

De acordo com o diretor de Incorporações da Cyrela, Ubirajara de Freitas, a empresa está adquirindo mais um terreno no coração da Zona Leste: "Faremos mais um lançamento de porte pesado a partir de junho. Atualmente estamos em fase de finalização e aprovação do projeto". Segundo Freitas, a Cyrela também lançou empreendimentos em locais antes ocupados por antigas fábricas - o Grand Garden, na Vila Avelino, e o Portale della Mooca: "Ambos foram muito bem aceitos. Hoje estão 100% e 80% comercializados, respectivamente". Freitas comenta também que muitos dos compradores são famílias de classe média e média alta que moram no Grande ABC, trabalham em São Paulo e querem morar na Zona Leste.

USP - Leste
A chegada da Universidade de São Paulo à Zona Leste da Capital promete valorizar a região e elevar a qualidade de vida. Os especialistas do mercado imobiliário acreditam que, no primeiro momento, a presença da universidade vai desencadear especulação e, com o tempo, consolidar a valorização real dos imóveis, que pode chegar a 25% entre cinco e dez anos e até triplicar em duas décadas.

Para o analista de mercado e diretor da Embraesp, Luiz Paulo Pompéia, o aumento da demanda residencial na região em torno da universidade, que engloba até dez quilômetros de distância, elevará a liquidez das unidades residenciais e, conseqüentemente, trará outros tipos de ocupação, como bares, restaurantes, papelarias, livrarias e supermercados: "Será desenvolvida uma infra-estrutura comercial e de serviços de apoio para atender a nova população. Esse é um processo que elevará a qualidade de vida, o valor da matéria-prima, ou seja, do terreno, e de todos os seus produtos".

Pompéia diz ainda que áreas compreendidas entre a rodovia Ayrton Senna e a avenida Radial Leste possuem grande potencial de desenvolvimento. O lado esquerdo da rodovia não tem muitas chances de valorização. Mas os locais próximos às estações do metrô tendem a valorizar a região de interferência, principalmente no setor comercial. Na avaliação do especialista, cidades próximas, como Guarulhos, Itaquaquecetuba e Poá, acabarão se tornando pólos de demanda para a USP.

Valorização
Segundo o diretor de Lançamentos da vice-presidência de Comercialização e Marketing do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Fábio Rossi Filho, os dois bairros mais importantes da região e que oferecem preços mais convidativos ao bolso de investidores e incorporadoras são Mooca e Tatuapé. Quando o assunto é locação e venda de imóveis de terceiros, as opiniões são convergentes. Para Roseli Hernandes, gerente de Locação e Vendas da Lello Intermediadora de Negócios, o mercado imobiliário nesses dois distritos está em franca expansão. "Nos últimos dois anos, o preço do metro quadrado na Mooca e no Tatuapé, por exemplo, valorizou cerca de 20%. Há muita procura para locação ou venda de imóveis localizados perto do metrô".

A gerente da Lello comenta também que dois grandes empreendimentos comerciais a serem entregues em 2006 prometem agitar e valorizar ainda mais o mercado imobiliário da Zona Leste. A Mooca receberá um novo shopping, o Capital, que deverá valorizar a região da avenida Paes de Barros: "Quem tiver disponibilidade de investir agora, certamente, ganhará bons resultados depois". Outro caso é o Shopping Tatuapé 2, que será erguido em frente ao atual, mas do outro lado da linha do trem que passa pela avenida Radial Leste.

Fonte: Diário do Comércio

Simão
Convidado


Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos